Tudo muda repentinamente ou os erros contínuos nos levam ao acerto inevitável? Assim começo mais um dia de jogo.

Uma a uma, as estações do "Metrô" chegavam e partiam diante de meus olhos. Com elas chegavam e partiam palavras e frases. Mais um texto queria nascer.

Insight! A resposta que eu procurava fez minha mente funcionar como que por encanto.

Contabilizando algo em torno dos doze anos - pouco para defender-se das chacotas alheias -, um menino vestindo o "manto sagrado da Sociedade" sentou-se ao meu lado e começou a cantar: - "Palmeiras vai jogar, eu vou!".

Senti vergonha dos textos e das críticas anteriores; que os verdadeiros palmeirenses - aqueles que pouco conhecem dos bastidores - não morreram com o tempo; que motivos mais louváveis que os meus fizeram do meu personagem matinal um exemplo de "palestrinidade".

Meu personagem não precisou de títulos, planejamentos ou presidentes inteligentes para que a "Sociedade" conquistasse seus sentimentos. O que teria cativado o menino?

Percebi que o amor é algo complexo e difícil de se definir em poucas palavras; que a busca incansável por nossas raízes é o princípio que nos mantém vivos; e que o pai de meu personagem fizera um belo trabalho.

Entendi que o placar noturno seria subjetivo e que mais importante seriam as mudanças pontuais - de atitude e comportamento.

Algo no ar permitiu que eu acreditasse em sobrevivência de uma coletividade. Como assim? Eu apenas não sabia explicar.

Insanidade? Não! Apenas constatei que o Palmeiras iria jogar.



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Segunda-feira voltaremos!

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O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História.... Amizades ... Esposa e Filha.

Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.

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