Por Eduardo Luiz, da Redação PTD - 12/12/2012 - 10:20h.
Dossiê - Penúltimo capítulo no ar

CAPÍTULO 9

GESTÃO TIRONE E FRIZZO: DESORGANIZAÇÃO

A fim de levar ao leitor condições de avaliar a qualidade e capacidade de gerir as “coisas” da Sociedade Esportiva Palmeiras por parte da diretoria comandada pelo Sr. Arnaldo Tirone, faz-se necessário recordar algumas notícias publicadas na mídia. Notícias que vão dos vários desentendimentos entre a comissão técnica e os dirigentes até a não participação de ao menos um representante da Sociedade Esportiva Palmeiras no congresso técnico do Paulistão 2012 na Federação Paulista de Futebol. Danilo Lavieri publicou no portal IG em 19 de outubro de 2011 a seguinte matéria:

BAGUNÇA ADMINISTRATIVA PÕE FINANCEIRO EM SAIA JUSTA NO PALMEIRAS

O sócio palmeirense que consumir algo nas dependências do clube não vai identificar a Sociedade Esportiva Palmeiras no recibo do produto emitido por máquinas da Redecard. Um provável erro administrativo no Palmeiras faz com que tais máquinas emitam recibo com o nome do gerente financeiro do clube, Marcos Bagatella.

O iG teve acesso a dois exemplos de notas emitidas com tal engano. Por criar a indesejável suspeita de que o dinheiro usado pelo sócio esteja sendo redirecionado para Bagatella, tal erro criou desconforto para a gestão do presidente Arnaldo Tirone. Funcionários e diretores trataram de cobrar a operadadora de cartões por uma solução.

Em contato com o iG, Bagatella mostrou certa irritação com o que afirma ser um erro e reconheceu que o fato poderia prejudicar sua imagem, especialmente em um clube onde tudo vira motivo de crise política. O dirigente afirmou que a confusão é da Redecard e pode ter ocorrido por ele ser o funcionário responsável pelo contato entre clube e empresa.


Foto: Cupom fiscal da máquina usa nome de gerente financeiro no lugar do clube

"Eu estou com este problema desde a semana passada. Hoje (quarta-feira) falei com o Walter Munhoz (vice-presidente financeiro) e a gente já cobrou a Redecard. Talvez por eu estar em contato com eles e pedido algumas alterações no sistema que tínhamos, o nome fantasia da nota foi alterado. A gente queria um controle maior das notas, para saber se eles estavam cumprindo com todas as obrigações na hora de depositar", explicou Bagatella, que diz ter passado de máquina em máquina para checar qual estava emitindo o recibo com seu nome.

O gerente financeiro ainda repassou ao iG a explicação da Redecard e um comprovante de que toda a verba estaria sendo direcionada para a conta do Palmeiras, independente da mudança do nome fantasia do clube. A nota emitida pelas máquinas também levavam o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) que é da agremiação.


Foto: Cópia do sistema da Redecard enviada ao iG por Bagatella com dados do Palmeiras

Walter Munhoz, o vice financeiro, também falou sobre o problema. "Eu recebi algumas reclamações dos sócios. Estamos apurando e conversando com a Redecard para entender o que aconteceu. Deve ter sido algum erro do sistema deles, já que o Bagatella é o responsável pelo contato entre Palmeiras e Redecard."

Membros da oposição palmeirense, de grupos como Fanfulla, enviaram pedidos de explicação a Bagatella e a Munhoz. Não chegaram a desconfiar de fraude, mas afirmaram que o erro é muito grave e pode causar desconfianças caso não seja resolvido.

NOSSO COMENTÁRIO

A falta de organização chegou a tal ponto que se permitiu a ocorrência de erros de uma administradora de cartões de crédito que levaram a expor o nome de um membro da diretoria palmeirense a uma situação, no mínimo, constrangedora, na qual sócios poderiam entender que ao pagar à Sociedade Esportiva Palmeiras por algum produto comprado, o valor do pagamento poderia estar sendo enviado à conta do tal dirigente e não do clube.

A fim de observar o despreparo da diretoria, importante observar a forma de conduta do Sr. Roberto Frizzo, numa seqüência de desentendimentos entre o mesmo e o Sr. Luis Felipe Scolari, comandante da comissão técnica do time de futebol profissional. Nesse caso, é importante recordar aos amigos leitores o fato de que os desentendimentos entre esses dois senhores provavelmente teve início já no início da gestão Tirone, naquele episódio em que o vice-presidente teria feito economia excluindo a participação da nutricionista do alojamento quando nos períodos de concentração sem realizar consulta prévia ao chefe da comissão técnica.

Observe, caro amigo leitor, o seguinte trecho de matéria assinada por Adriano Fernandes no blog Memória Futebol, em 18 de agosto de 2011:

FELIPÃO VETA DIRIGENTE EM SUA SALA, APÓS FALAR ATÉ EM DEMISSÃO

Arnaldo Tirone provavelmente está mais preocupado com a entrevista coletiva de Luís Felipe Scolari depois do jogo desta quinta do que com o resultado da partida contra o Bahia. Ele deverá ir à concentração para acalmar o técnico. Existe o temor que Felipão detone Roberto Frizzo, vice de futebol, diante das câmeras após o duelo. Isso porque as últimas 48 horas foram de tensão no Palestra Itália. A crise que se arrastava entre o técnico e o vice explodiu na terça-feira. Felipão se irritou quando soube que problemas trabalhistas emperravam a troca de Ricardo Bueno por Pierre e que o Atlético-MG não pagaria pelo empréstimo do volante. Descobriu pelo lado mineiro que o acordo costurado por ele havia sido ignorado pela diretoria alviverde, que aceitara a transferência gratuita.

“Se o senhor fez isso mesmo, eu vou pedir demissão”, chegou a dizer o treinador para o presidente, de acordo com seus aliados. Tirone negou ser o responsável por topar liberar Pierre de graça. Scolari explodiu quando Frizzo assumiu a autoria da negociação. Chegou a abandonar o cartola numa sala, interrompendo a conversa.

A partir daí, defensores dos dois desafetos usaram munição pesada para tentar minar o inimigo. O grupo de Felipão lançou críticas contra o estilo Frizzo de administrar, alegando que as negociações tocadas por ele costumam enroscar em algum ponto. E queixam-se do pagamento de comissões a empresários, como nas contratações de Paulo Henrique e Gerley.

 Afirmam que Frizzo foi contra a vontade de Felipão de adquirir Luan. E ainda insistiu na compra de Henrique, quando havia uma negociação para trazê-lo de graça, por empréstimo. Enxergam no vice um aliado de Pepe Dioguardi, empresário de Kléber e desafeto de Felipão. Reclamam também de sua amizade com outro agente, José Luís Galante, empresário de Paulo Henrique, e que trouxe o argentino Facundo para o time B. "Não houve confusão nenhuma nos negócios que fiz. E não favoreço empresário. Mas é natural  no futebol que algumas pessoas tenham mais simpatia com uns empresários do que com outros. Talvez estejam reclamando por isso", disse Frizzo ao blog.

NOSSO COMENTÁRIO

Desorganização, desmando, má fé, qual palavra seria mais apropriada, nesse caso, caros leitores?  Que avaliação se faz de uma direção em que o técnico de futebol é quem faz o contato e realiza acordos com outros clubes para a negociação de atletas? Essa função não caberia ao diretor de futebol? E se havia uma negociação encabeçada pelo técnico que, conforme mostra a matéria, possibilitaria a chegada ao clube do atleta Henrique com custo zero, não deveria no mínimo haver ciência dessa negociação por parte do vice-presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras? Havendo ciência, por qual motivo o dirigente optaria pela opção de pagar pelo atleta e não a de continuar as negociações já realizadas? E no caso Pierre, se mais uma vez o treinador havia intermediado a negociação envolvendo a ida do atleta Pierre ao Clube Atlético Mineiro, recebendo em troca o atleta Daniel Carvalho por empréstimo e mais uma quantia em valores, por qual motivo teriam os dirigentes optado por realizar essa troca, conforme mostra o texto, abdicando de compensações financeiras?

Dando continuidade, no site Terra em 14 de janeiro de 2012, foi publicada a seguinte matéria:

FRIZZO REBATE “BOBEIRA” DE FELIPÃO E IRONIZA EPISÓDIO DOS CAMARÕES

O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, retrucou a cutucada de Luiz Felipe Scolari neste sábado. O treinador condenou as "piadinhas e deboches" por parte da diretoria alviverde com relação aos reforços para 2012. Para o dirigente, isso é "bobeira" do comandante. Ele ainda relembrou com ironia do famoso "episódio dos camarões" protagonizado por Felipão no ano passado.

"É uma bobeira. Não tem nada a ver. Qual a piada que eu fiz para depreciar as pessoas? Eu só fiz piadas para não falar com vocês (imprensa) sobre o jogador. Eu não quero ficar abrindo sobre as contratações. Falar que as minhas piadas prejudicam seria o mesmo que dizer que o elenco ficou chateado com expressão de que ele queria camarão, que ele estava dizendo que os outros eram jogadores piores. E não é isso, é?", ironizou o vice palmeirense.

Minutos antes, Felipão havia dado entrevista detonando a postura da diretoria alviverde e fazendo referência a supostas piadinhas por parte dos cartolas. Para o comandante, o time paulista deixa de contratar diversos jogadores por causa de citações mal-colocadas por seus representantes.

"Por piadinhas mal-colocadas o Wagner (que era disputado por Palmeiras e Fluminense, mas acertou mesmo com os cariocas) não veio. Pensou que debocham dele. Aí, perco jogadores. Tem que fazer pergunta sobre piadinhas a quem as faz e a quem pode tirar os jogadores daqui. Ninguém quer ser debochado", decretou o treinador, que começou o ano contrariado pela ausência de reforços de peso no Palmeiras.

NOSSO COMENTÁRIO

No primeiro ano da gestão Tirone, os resultados da Sociedade Esportiva Palmeiras nos campos do futebol profissional foram bastante insatisfatórios. Não fosse a participação no campeonato paulista onde uma arbitragem equivocada alijou o Palmeiras de chegar às finais, nos demais campeonatos em que o clube participou nenhum resultado de expressão foi obtido. Na verdade, em termos de campeonato brasileiro, a campanha acabou ficando como uma das piores da história alviverde. O que dizer de um vice-presidente que em vez de trabalhar junto com a comissão técnica avaliando as necessidades e buscando reforços ao elenco de futebol, fica dado a piadinhas e gracejos em suas entrevistas? Onde está o presidente do clube que permite que a imagem da Sociedade Esportiva Palmeiras seja levada ao público na imprensa por meio de entrevistas classificadas, no mínimo, como “pouco sérias”? Ao manifestar-se com gracejos não estaria o Sr. Frizzo denegrindo a imagem do clube? Não estaria contribuindo para que acordos com atletas fossem realizados?  

Ainda em 14 de janeiro de 2012, o jornal GAZETA ESPORTIVA publicou matéria da qual destacamos o trecho a seguir, assinada por Fellipe Lucena:

FELIPÃO DIZ QUE “PIADINHAS” AFASTAM REFORÇOS E ENTRA EM ATRITO COM FRIZZO

Após acumular fracassos em negociações, o Palmeiras entrou em campo pela primeira vez em 2012 ainda em busca de reforços. Após a vitória por 1 a 0 no amistoso contra o Ajax, neste sábado, Luiz Felipe Scolari disse que algumas "piadinhas" afastaram jogadores como o lateral direito Jonas e o meia Wagner. O técnico não admite, mas o vice de futebol Roberto Frizzo é o maior alvo de sua reclamação.

O dirigente é conhecido por responder com ironia ao ser questionado sobre negociações. Nesta sexta-feira, por exemplo, disse que "o Palmeiras não é a Marinha para saber de barco" ao falar sobre o interesse alviverde pelo atacante argentino Hernán Barcos, da LDU. "O Wagner era quase nosso, mas foi para o Fluminense por causa de algumas piadinhas mal colocadas. Ele não quis o clube porque achou que debochavam dele. É aí que perco jogadores", chiou Scolari. "Só tenho o Cicinho para a lateral direita. O atleta que eu queria para ser peça de reposição era o Jonas. Por piadinhas, não acertos ou inviabilizações, ele não veio", emendou.

O treinador não quis confirmar que as críticas são direcionadas a Roberto Frizzo, com quem já tem atritos há algum tempo. "Tem que fazer perguntas a quem faz as piadinhas. Jogar no Palmeiras, para mim, é uma grande honra, mas, se vamos debochar, ninguém vai querer. Estou falando no geral, entendam como quiserem", finalizou.

NOSSO COMENTÁRIO

A desorganização no futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras parece evidente, à medida que cada um parece falar o que bem entende e da forma que lhe parece conveniente.

Passados esses episódios no começo de 2012, Luiz Felipe Scolari voltou à carga contra a diretoria, em declaração dada à AGÊNCIA ESTADO, em notícia publicada por Daniel Akstein Batista em 10 de maio de 2012:

FELIPÃO CRITICA OMISSÃO DA DIRETORIA DO PALMEIRAS

 

Mais uma vez, o técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou a entrevista coletiva após um jogo para criticar a diretoria do Palmeiras. Depois da goleada sobre o Paraná por 4 a 0, quarta-feira à noite, na Arena Barueri, pela Copa do Brasil, o treinador cobrou reforços e afirmou que é papel dos dirigentes virem a público para avisar a torcida que falta dinheiro nos cofres do clube.

"Eu apresentei uma lista com sete nomes e não contrataram nenhum”, reclamou. "Se não tem dinheiro, tenho que ver outro tipo de contratação, como o Mazinho, que não custou nada”, exemplificou.

A bronca não parou por aí. "Vou mais uma vez ajudar o Palmeiras, mas espero que os dirigentes tenham hombridade pra falarem que não tem dinheiro. E ainda digo pra torcida: o Barcos tem dois cartões amarelos e eu só tenho ele como centroavante. Sou mais identificado com o Palmeiras do que alguns dirigentes que aí estão.”

Da sua lista, Felipão adiantou que chegou a pedir a contratação do atacante Borges. O gerente de futebol César Sampaio confirmou o nome do atacante. "Existia a chance, mas em uma conversa acabamos descartando. Ele está bem empregado e o Santos não pensa em negociá-lo."

Sampaio tentou não entrar em rota de colisão com Felipão e lembrou que ele mesmo havia avisado na semana passada que o Palmeiras estava sem dinheiro. E disse ainda que dois jogadores de renome podem chegar ao clube, mas apenas para a disputa do Brasileiro. "Estamos ainda procurando uma engenharia financeira para isso.”

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Questiona-se, então: se o gerente de futebol afirmou que o referido jogador, destaque em negrito, não seria negociado porque o clube onde estava jogando não pretendia fazê-lo, porque é que pouco tempo depois esse clube negociou o atleta com o Cruzeiro de Belo Horizonte? Fica ou não fica, caro leitor, a dúvida se de fato ocorreu o contato dos dirigentes da Sociedade Esportiva Palmeiras com o clube detentor dos direitos federativos do jogador?

Não bastassem os deboches do vice-presidente e o “equívoco” do gerente de futebol, tratou o presidente Tirone em pessoa de, como maior representante do clube, contribuir para denegrir a imagem do clube ao tecer comentários, no mínimo inapropriados, sobre um possível investimento de um grupo estrangeiro no clube. Esses comentários podem ser observados na seginte matéria veiculada no site UOL em 03 de Junho de 2012:

IRONIA, MARCA REGISTRADA NA GESTÃO TIRONE / FRIZZO / PIRACI.

O grupo de investimentos Eleven Fund Investimen, sediado nos Emirados Árabes Unidos, quer levar Ronaldinho Gaúcho para o Palmeiras. O clube por sua vez, tratou do assunto com desconfiança e ironia. A informação foi revelada na edição deste domingo do jornal “Lance!”.

A empresa estaria disposta a pagar a maior parte do salário de Ronaldinho através de parcerias com patrocinadores. O plano é semelhante ao que a Traffic fez, sem sucesso, com o meia no Flamengo.

“Vamos fazer de tudo para colocar Ronaldinho no Palmeiras. Pensamos no Palmeiras porque acreditamos na ascensão do clube e vemos como o time ideal para ele jogar”, disse Felipe Rubini, diretor do Eleven na América.

O objetivo do grupo, que está iniciando suas atividades no Brasil, é chamar atenção do mercado para alavancar seus negócios. Rubini disse que atletas das categorias de base palmeirense também estão na mira da empresa.

“Investir em jogadores importantes é bom. Valorizar nosso fundo é sempre interessante. Não conversamos com o Palmeiras sobre outros jogadores, mas caso o clube tenha interesse, estamos abertos a discutir esse possível negócio”, falou o investidor.

Pelo lado alviverde, a história gera desconfiança. Ao “Lance!”, o presidente Arnaldo Tirone tratou a possível negociação como “poesia” e ironizou o fundo de investimento.

“Fundo árabe a troco de quê? Eles vão pôr dinheiro a custo zero? Não vão. O Palmeiras não vai remunerar nenhum fundo árabe. Nosso fundo é da Itália. Se fosse alguma empresa italiana, tudo bem”, afirmou o dirigente.

“Tudo tem um custo, ninguém dá dinheiro de graça. Ninguém vai dar presente de Papai Noel para o Palmeiras. E Papai Noel só em dezembro”, completou o palmeirense.

Ronaldinho Gaúcho está sem clube desde quinta-feira, quando pediu demissão do Flamengo. O meia cobra do clube indenização de R$ 40 milhões referentes a salários atrasados, direito de imagem e cláusula de rescisão. O time carioca notificou o Palmeiras por supostamente aliciar seu ex-camisa 10 e ameaça entrar na Justiça caso o atleta chegue a um acordo com a equipe do Palestra Itália.

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Entende-se, caro leitor, que nesse caso, comentários são absolutamente desnecessários. O texto destacado em negrito fala por si. Apenas mais um exemplo da falta de profissionalismo daqueles que comandam a Sociedade Esportiva Palmeiras. Se os dirigentes do clube agem de forma irresponsável em suas manifestações, desrespeitando a Sociedade Esportiva Palmeiras ao tratar com desdém questões de interesse do clube, há como cobrar de associados que tenham esse respeito?  Observem, caros amigos leitores, o que teria ocorrido, segundo o fato descrito pelo site PARMERISTA, em 24 de Junho de 2012, durante a disputa do clássico conhecido por derby:

QUESTÃO DE HONRA

Esta tarde, durante o Derby, vários associados acompanhavam a transmissão da partida dentro do clube pela televisão. Quando o SCCP empatou o jogo, uma sócia não se conteve e comemorou o gol. Isso mesmo. Uma associada torcedora do time da plebe da marginal sem número vibrou com um gol de seu time DENTRO DO PALMEIRAS. Na mesma semana em que nosso presidente prestigiou o lançamento de um livro de Andrés Sanchez e pediu um autógrafo não na página 3, mas em sua camisa, os legítimos palmeirenses associados do clube foram infringidos a este tipo de afronta.

O artigo 33 do Estatuto, em seu inciso XI, determina:

Art. 33 - É defeso ao associado e constitui infração grave:

XI. Manifestar-se contra a SEP nas competições desportivas.

Na verdade, o artigo 33 do estatuto, redigido durante a gestão mustafista, tem incisos que em muito remetem a regras de regimes autoritários de triste memória. O inciso XI, no entanto, parece ser bem razoável. Um torcedor dos maledetos comemorar um gol dentro do Palmeiras, contra o Palmeiras, é um completo absurdo.

Dezenas de legítimos palmeirenses, incluindo várias meninas, ficaram indignados e partiram para tirar satisfações. Percebendo o que fez, a associada passou a invocar sua relação de amizade com o diretor jurídico Piraci de Oliveira, ameaçando, aos gritos, de celular em punho (uau!), que ia chamar o amigo e tirar todos do clube, cheia das razões!

A folgada também é próxima da diretora social do clube, Sylvia Boggian, que correu em defesa da amiga. Fazendo valer sua condição de diretora, usou a autoridade sobre os seguranças, atitude que teria sido correta se fosse apenas para evitar que o clima esquentasse mais. Mas houve vários relatos de testemunhas de que a diretora, já protegida ao lado da amiga, passou então a ironizar os palmeirenses, deixando-os mais revoltados.

No fim, a tal torcedora retirou-se do clube alguns minutos depois, e tudo voltou ao normal. Há alguns fatos emblemáticos nessa história toda:

A comemoração do gol em si é inadmissível. Se eu tivesse algum amigo que torcesse para os maledetos e fosse sócio do clube, jamais permitiria que ele ficasse entre nós durante a transmissão. É falta de palestrinidade. É uma vergonha.

A imediata reação da cidadã, de achar que por ser amiga do diretor jurídico Piraci de Oliveira poderia fazer o que quisesse. Isso é um retrato de como se sentem as pessoas que fazem parte do círculo próximo à diretoria e à presidência. Acham-se tão donos do clube que se vêem no direito de até comemorar um gol contra o Palmeiras.

A atitude da diretora Sylvia, de zombar dos torcedores revoltados, pelo fato de ter a segurança a seu lado, é reprovável, para dizer o mínimo. Há certos princípios, que aprende-se em casa, que impedem que uma pessoa minimamente alinhada com relacionamentos sociais pratique. E ela é Diretora Social, vejam que ironia.

Os associados que presenciaram o fato – e são dezenas – já estão preparando uma representação para ser formalizada no clube, para que a associada seja, pelo menos, suspensa. Mais que a punição à torcedora rival em si, uma suspensão significaria o Palmeiras fazendo-se respeitado dentro de seu próprio território. A diretoria de sindicância, cujo diretor é Reynaldo Palazzi, por mais que tenha relações de amizade com os envolvidos, tem a obrigação de tratar o caso com absoluta isenção e defender a honra do clube e dos torcedores que se sentiram aviltados com a atitude. Uma absolvição, ou uma pena leve como “advertência” nos encherá de vergonha e nos fará crer que a atual diretoria não defende o palmeirense nem mesmo dentro do próprio Palmeiras.

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Entende-se que nesse caso caberia sim uma ação do conselho contra a ação da sócia, da diretora, assim como caberiam outras ações por parte do conselho competente de, no mínimo, cobrar uma conduta mais íntegra por parte dos dirigentes que se encontram à frente do futebol, pois também seus posicionamentos de forma despojada em entrevistas e sua forma de tratar as “coisas” do futebol também caracterizam falta de respeito à instituição que representam. 

 

Outro episódio que serve de exemplo da falta de profissionalismo, para não dizer seriedade, com que as “coisas” do Palmeiras são geridas pelo grupo do Sr. Tirone dá-se novamente atingindo o programa Avanti do sócio torcedor. Por um erro grosseiro da empresa responsável na montagem do site e a falta de fiscalização dos setores responsáveis no Palmeiras, causou-se um constrangimento enorme junto à comunidade japonesa. Esse erro pode ser observado em matéria que foi publicada na FOLHA DE SÃO PAULO em 29 de junho de 2012. A notícia foi assinada por Rafael Reis:

PROGRAMA SÓCIO TORCEDOR DO PALMEIRAS FAZ PIADA COM JAPOSENES E GERA POLÊMICA

Um erro no sistema do Avanti, o programa de sócio-torcedor relançado pelo Palmeiras nesta quinta-feira, deixou o clube em situação desconfortável com a colônia japonesa.

Ao selecionar o Japão como país no preenchimento do cadastro para o programa, o torcedor verá abrir como opções de estados para escolha "Alex Muntaronakombi" e "Carlos Takacaranomuro", nomes que ironizam a língua japonesa.

"Fiquei indignado. Queria fazer o plano e vi uma palhaçada dessas. Nunca vi uma empresa tirar sarro dos clientes. Fiquei assustado. Até desisti de fazer o plano", afirmou o palmeirense Alexander Jun Matsuda, 43, que trabalha em uma fábrica de peças para computador em Suzuka.

O diretor jurídico do Palmeiras, Piraci Oliveira, lamentou o ocorrido, eximiu o clube de culpa e disse que já encaminhou falha para a Outplan, empresa responsável pelo programa.

"O Palmeiras não sabe fazer site. Contratamos alguém para isso. É um problema técnico que precisa ser resolvido."

No começou da tarde desta sexta, a Outplan, após reportagem da Folha, consertou o problema. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa lamentou o ocorrido e disse que comprou a base de dados já pronta de um fornecedor terceirizado. Até as 12h desta sexta-feira, o programa de sócio-torcedor já havia tido 6.200 adesões, superando a expectativa da diretoria de conseguir 5 mil assinaturas até domingo. Apenas quem adquiriu o Avanti já pode comprar ingressos para a primeira partida da final da Copa do Brasil, quinta-feira, contra o Coritiba, em Barueri. A venda para torcedores comuns começa na segunda.

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Além dos maus tratos ao Palmeiras, pode-se observar maus tratos e falta de respeito aos torcedores palmeirenses, como no caso da seguinte matéria postada no site VERDAZZO, em 09 de Junho de 2012. Essa matéria explica de que forma ocorreu a “venda” de ingressos para o primeiro jogo da final da Copa do Brasil:

SENHOR ARNALDO TIRONE: A TORCIDA QUER EXPLICAÇÕES!

A torcida do Palmeiras vive um drama desde que o time se classificou para as finais da Copa do Brasil: conseguir ingressos para assistir aos confrontos contra o Coritiba. Para o jogo de ida, a diretoria de Arnaldo Tirone acelerou o relançamento do Avanti, e praticou sem nenhum pudor a venda casada. Pelo Twitter, através de um já conhecido diretor, alardeou que quem não fosse do Avanti não conseguiria ingressos, já que esperavam cerca de 10 mil associações, liberando a venda de 3 ingressos por associado.

 

A atitude beira a picaretagem. A estimativa foi feita no chute, mas serviu para que torcedores, no desespero de não ficar de fora de uma final após quatro anos, aceitassem a venda casada. Os ingressos se esgotaram no fim de semana, e a venda em bilheterias, suspensa, o que nos faz crer que realmente os 26 mil ingressos destinados à nossa torcida se esgotaram pelo programa de sócio-torcedor.

 

Mas o pior seria revelado mais tarde. O borderô da CBF revelou que apenas 12.240 ingressos foram vendidos antecipadamente pelo Avanti, o que significa que 16.317 ingressos foram vendidos de outra forma – mas não pelas bilheterias.

 

A diretoria, em matéria veiculada no jornal Diário de S.Paulo assinada pelo jornalista Jorge Nicola, afirmou: “Vendemos os ingressos para conselheiros, diretores, patrocinadores… Também aproveitamos a oportunidade para fazer relacionamento, vendendo para possíveis futuros parceiros”.

 

O torcedor palmeirense é fanático, mas não é cego nem burro como essa diretoria parece acreditar. Como é que uma quantidade tão grande de ingressos acaba sendo desviada do torcedor real desta forma, apenas para conselheiros, diretores e patrocinadores? Que critério é esse?

 

A versão fica menos crível ainda quando deparamos com cambistas virtuais, gente fazendo a  festa na internet vendendo ingressos a R$ 200 usando programas que criam contas falsas no Twitter. Isso sem falar nos cambistas tradicionais.

 

Pensaram que acabou? A vergonha ficou maior ainda quando, à 0h desta segunda-feira, foram abertas as vendas pela internet dos supostos 4 mil ingressos reservados à nossa torcida para a finalíssima no Couto Pereira. Imediatamente a mensagem que nossos torcedores receberam é que o setor já estava esgotado. Não houve venda. Tudo já estava direcionado.

 

Considerando que a Futebol Card vende a carga de ingressos que sobra depois que a diretoria pega seu quinhão, que redistribui para honrar compromissos com conselheiros e parceiros (como a agência de viagens Palmeiras Tour), e que essa sobra foi de ZERO INGRESSOS, podemos concluir que mais uma vez a diretoria abusou do poder de distribuir ingressos, e quem se frustrou com isso, para variar, foi o torcedor comum, que não teve sequer a chance de disputar um ingresso nos canais devidos. Quem não é amigo de patrocinador, ou não comprou na Palmeiras Tour, ou não é amigo de conselheiro, ou sabe-se lá mais o que (4 mil é muito ingresso), vai ter que procurar cambista.

 

O mínimo que se espera da diretoria, se quiser mostrar transparência, é que divulgue uma lista detalhada sobre o destino dos ingressos, tanto nos jogos da ida como os da volta. Quantos foram para os conselheiros e diretores? E para a Palmeiras Tour? E para a Kia? E para “futuros parceiros” – e quem seriam eles? Contando os dois jogos, vinte mil ingressos foram pra essa turma? Que critério é esse? E o tal rastreamento de cambistas? E a torcida, como fica???

 

A gestão de Arnaldo Tirone, que envergonha os palmeirenses a cada vez que se expõe na imprensa, que mesmo sendo presidente do clube se envolve em episódio de troca de tapas com conselheiro (mesmo sendo o Gilto Avallone), agora tem que responder sobre as razões da torcida do Palmeiras não ter acesso a ingresso em bilheterias – sejam físicas ou virtuais, sem ter que ser obrigado a adquiri-los via venda casada, ou por pacotes em agências credenciadas, ou por cambistas. A torcida quer explicações!

 

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Para que o amigo leitor tenha melhor compreensão sobre o fato, entende-se importante lembrar que a diretoria da gestão Tirone optou por paralisar o programa Avanti a fim de promover uma reformulação e que em 27 de maio de 2011, os três novos diretores de marketing do Palmeiras (sendo que um é filho do Frizzo e outro é filho do Del Nero) disseram que iriam relançar o Avanti no prazo de dois meses. O relançamento, na verdade, só veio a ocorrer às vésperas do Palmeiras nas finais da Copa do Brasil. Daí, aproveitando-se da situação, os diretores utilizaram-se do artifício “venda casada” entre Avanti e ingressos, ou seja, prometendo ao torcedor que se associassem ao programa Avanti o direito de adquirir automaticamente três ingressos para os jogos do Palmeiras nas finais do campeonato. Não obstante à artimanha utilizada pela diretoria, o mais grave acabou sendo a indisponibilidade dos ingressos que sobraram após a venda casada com o programa Avanti à torcida “comum” do Palmeiras, já que esses ingressos que sobraram acabaram sendo destinados pela diretoria levando em questão apenas seus interesses em agradar  “parceiros”. 

 

Entende-se, contudo, que o maior exemplo que permite mostrar o tamanho do despreparo, desorganização, descaso e incompetência da direção comandada pelo Sr. Arnaldo Tirnone seja observado na seguinte matéria publicada na seção PITACOS DO PALMEIRAS, do site LANCENET em 26 de outubro de 2012:

 

TIRONE: DESPREPARO E MAIS UM ABSURDO NO COMANDO DO PALMEIRAS

 

Imagine que você tem uma empresa. Hoje, aconteceu uma reunião importantíssima sobre um dos principais compromissos e obrigações dela para o próximo ano. Mas você não estava sabendo. Pior: não sabia que ninguém representou a empresa no encontro, e a cadeira destinada a ela ficou vaga. Algo absurdo. Agora, transfira isso para um time de futebol do tamanho do Palmeiras e veja, mais uma vez, nas mãos de quem está o clube.

 

A entrevista de Arnaldo Tirone ao LANCENET! na tarde desta quinta-feira só ratificou o que já era óbvio: o despreparo dele para comandar o clube. O presidente não saber que haveria o congresso técnico do Campeonato Paulista e ser pego de surpresa com a informação de que ninguém do Palmeiras estava presente beira o amadorismo.

 

Tirone alegou que havia chegado de viagem há pouco tempo. Mas ele desembarcou da Colômbia às 14h30 de quarta-feira. Tempo suficiente para ficar sabendo de uma reunião no dia seguinte e designar alguém para comparacer, certo? Vice-presidente, diretor financeiro, diretor jurídico, gerente de futebol… Cargos e pessoas não faltavam para representar o Palmeiras.

Hoje, o clube não tem comando. Afinal, o presidente não foi para Recife, no meio da crise, segundo ele para não dar trabalho aos seguranças. Enquanto isso aproveitava o feriado prolongado em Campos do Jordão com a família.

 

As “Tironadas” não param por aí. Desde atender ligações no próprio celular dizendo que é o irmão, até mentir que não estava em um lugar onde foi visto, o mandatário vai se especializando nas trapalhadas.

 

A cada atitude ou entrevista, Tirone mostra não ter a mínima condição de comandar o Palmeiras. E o pior: ele fala em tentar a reeleição. Ou teria “largado” pelo fato de saber que no próximo ano não será mais o presidente? Não se sabe. Mas enquanto isso, o time tem atuação ridícula na Colômbia, é eliminado da Sul-Americana, e luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Tudo sob o olhar tranquilo e distante de Arnaldo Tirone.

 

É bom lembrar que ele também fez coisas boas e acertou em alguns momentos, como nas compras de Barcos e Wesley, e conquistou o título da Copa do Brasil.  Inclusive, parece ser uma pessoa boa, honesta e sem maldade. Mas todas as trapalhadas passam por cima do que foi positivo.

Hoje, Tirone, mais uma vez, é motivo de piada. Como tem sido o Palmeiras nos últimos meses. É óbvio que ele não é o único dos inúmeros problemas do Alviverde. Inclusive, foi colocado no cargo por votos dos conselheiros. Mas, na figura de presidente, deveria ao menos ter uma postura que condiz com isso.

Depois, que o clube não reclame do calendário, do regulamento ou qualquer coisa do Paulistão. Afinal, quando as decisões foram tomadas, não havia ninguém do segundo maior vencedor da competição na história para participar.  Um amadorismo, infelizmente, já conhecido no Palmeiras.

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Quantas vezes na gestão Tirone, caro amigo leitor, você se questionou por que de ver resultados de julgamentos de atletas, técnico e outros serem desfavoráveis ao Palmeiras, enquanto em situações semelhantes para outros clubes o resultado era favorável ou, no mínimo, mais brando? Quantas vezes nessa gestão você se perguntou por que aquele árbitro reincidente em erros cometidos contra o time do Palmeiras continuava sendo escalado para apitar em jogos do Palmeiras? Quantas vezes nessa gestão, caro amigo leitor, você leu reportagens onde atletas, dirigentes, jornalistas denegriram a imagem da Sociedade Esportiva Palmeiras sem um posicionamento dessa diretoria em defesa dos direitos do Palmeiras? Quantas vezes, caro amigo leitor, você leu notícias de bate-boca entre “profissionais” contratados pelo Palmeiras e dirigentes ou envolvendo dirigentes e associados ou conselheiros e dirigentes, ou outros? Entende-se que a melhor resposta ou justificativa à esses questionamentos está no fato de que possivelmente todos esses fatos estão ligadas à forma de gerir dessa diretoria comandada pelo Sr. Tirone. Uma gestão desorganizada e omissa em suas responsabilidades dificilmente toma iniciativas de defesa, ou quando tem iniciativas apresentam-se de forma ineficaz, não conseguindo defender esses direitos com a presteza e qualidade que uma instituição da importância da Sociedade Esportiva Palmeiras realmente merece.

Dando continuidade à seção pastelão, essa nem precisa de comentários. Um dia após o rebaixamento, veja onde nosso amado presidente foi encontrado. Deu no site GLOBO.COM em 19 de novembro de 2012.

APÓS QUEDA, TIRONE VAI À RAIA NO RIO: “BANHO PARA TIRAR O ESTRESSE”

 

Um dia depois da queda do Palmeiras à Série B do Campeonato Brasileiro, o presidente Arnaldo Tirone foi flagrado na praia do Leblon, no Rio de Janeiro, para onde se dirigiu após o empate em 1 a 1 com o Flamengo, domingo, em Volta Redonda. Nesta segunda-feira, após uma reunião na cidade, Tirone foi à praia para “tomar um banho de mar e desestressar”, de acordo com entrevista concedida pelo presidente ao portal Estadão.

 

Tirone entendeu que não havia problema em passar uma tarde na praia, mesmo com a profunda crise no Palmeiras. Por isso, ele não gostou da repercussão de sua passagem pelo Rio de Janeiro, registrada por uma foto no portal da revista Veja.

 

– Fui ao jogo, sofri com o time e hoje eu tinha uma reunião no Rio de Janeiro. Aproveitei e fiquei por aqui. Qual o problema? Tomei um banho de mar para desestressar. Se o jogo foi em Volta Redonda, no Rio, qual o problema eu aproveitar e dar uma passada na praia? Se o jogo fosse em Piracicaba, até poderiam reclamar de eu estar na praia. Mas foi no Rio. Ficar reclamando disso é maldade pura – criticou o presidente.

 

Em contato com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, Tirone apenas se limitou a dizer que estava no Rio, sem querer especificar quais tarefas iria realizar no local, e se foi ou não ao Leblon.

Nesta terça-feira, o presidente terá uma reunião com o técnico Gilson Kleina, o gerente de futebol César Sampaio e o vice Roberto Frizzo. A intenção é retificar o planejamento para a próxima temporada, que não incluía a disputa da Série B. Uma grande reformulação deve ocorrer, e quatro saídas já estão definidas: Betinho, Leandro Amaro, Daniel Carvalho e João Vitor.

NOSSO COMENTÁRIO

E não para por ai... Quem imaginava que as tironices e frizzosices tinham terminado ao apagar das luzes, nos deparamos com mais uma pérola de descaso, de falta de um resquício de carinho ao clube que tanto amamos. Em 6 de Dezembro de 2012, foi publicada a seguinte notícia no Blog do Perrone:

HOMENAGEM AO PALMEIRAS É CANCELADA EM FESTA DO BRASILEIRÃO E GERA ATRITO ENTRE CLUBE, CBF E FPF 

 O Palmeiras passou por novo constrangimento na festa de encerramento do Brasileirão, na segunda. O clube seria homenageado pela conquista da Copa do Brasil, mas a cerimônia foi cancelada. Segundo organizadores, Arnaldo Tirone não teria se apresentado no horário previsto. O presidente nega tal fato. Diz que chegou com antecedência, mas não foi avisado sobre a homenagem.

O episódio gera desconforto entre clube, CBF e Federação Paulista, que abraçou a festa do Campeonato Brasileiro. O incidente incomodou o ministro do Esporte. Aldo Rebelo, palmeirense, ficou chateado com o fato de seu time não ter sido citado no evento. Os campeões de todas as divisões do Nacional receberam as suas taças.

José Maria Marin faria a entrega do troféu da Copa do Brasil ao presidente palmeirense num gesto simbólico, já que ela fora recebida em campo.

Integrante do “staf” responsável pela festa falou sobre o assunto ao blog, mas pediu para seu nome não ser citado. Afirmou que precisava da presença de Tirone até as 21h30, pelo menos meia hora antes do início da celebração. Como ele não chegou a tempo, o Palmeiras foi riscado da cerimônia. Com uma dose de indignação, o cartola contesta a versão. Confira o depoimento de Tirone ao blog:

“Cheguei às 21h20, dei entrevista e entrei às 21h30. A festa começava às 22h, então dava tempo. Logo na chegada fui cumprimentar os presidentes da Federação Paulista e da CBF. Acontece quem ninguém me avisou que haveria homenagem ao Palmeiras. Não recebi ofício informando isso. Meu convite era para a festa do Brasileirão, não tem nada a ver com a Copa do Brasil.

Na manhã da festa, eles me pediram para mandar a taça pra eles. Eu mandei, já tinha mandado há alguns dias para eles fazerem uma filmagem. Fiquei esperando até o final da cerimônia para ver se falariam algo do Palmeiras. Não falaram.

Poderiam ter avisado aos apresentadores e terem me chamado sem taça mesmo. E outra, o César Sampaio estava lá desde cedo. Se precisavam de alguém antes, tinha um representante do Palmeiras. Acho que eles esqueceram ou houve uma falha de comunicação. Mas eu não vou ficar com essa culpa.”

“Abandonada” durante a festança, a taça foi entregue de volta na secretaria do Palmeiras.

Esse foi o segundo episódio polêmico envolvendo a diretoria alviverde em eventos ligados a Del Nero, conselheiro palmeirense. Nenhum diretor do clube compareceu à reunião na Federação Paulista em que foram decididos detalhes do Estadual.

NOSSO COMENTÁRIO

Não precisamos mais de comentários, somente ficamos a lamentar a penúria, o descaso, o abandono, a forma vil de gerenciar o futebol da agremiação mais vitoriosa do Brasil.

Amanhã, Capítulo 10: "A Tentativa de Golpe Contra as Diretas"

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