I - O Conselho
Gestor
Dezembro de 2004; aproxima-se a eleição à presidência
da Sociedade Esportiva Palmeiras. O atual presidente,
Mustafá Contursi, prepara o terreno para a transição.
Ainda se discute o nome do candidato situacionista
a ser apoiado para sucessão, mas o primeiro vice,
Affonso Della Monica Netto, é favorito. A oposição
já se definiu por Seraphim Del Grande.
Mustafá cria então o Conselho Gestor, órgão que será
responsável por conduzir renovações, dispensas e contratações
de jogadores durante o processo eleitoral. Confirmado
o favoritismo de Della Monica, uma vez eleito, a intenção
é manter o comitê, à frente do Futebol, até a eleição
dos novos membros do Conselho Deliberativo, marcada
para fevereiro do ano seguinte.
Composto por seis homens de confiança do presidente
_além do então diretor do departamento, Mario Giannini
e de Della Monica, José Cyrillo Jr., Cláudio Mezaranni,
Alberto Strufaldi e José Vergamini_ o comitê toma
a primeira decisão: não contratar reforço de peso
até 09 de janeiro, data do pleito presidencial. No
entanto, corre na imprensa a notícia de que dois medalhões
chegarão ao Palestra Itália assim que o novo mandatário
tomar posse.
II – O Novo Presidente
Janeiro
de 2005; após 12 anos sob a gestão Mustafá
Contursi, seis mandatos consecutivos, é eleito
o novo presidente. Affonso Della Monica Netto, sucessor
natural do ex-mandatário, garante a vitória
prevista ao conquistar 201 votos dos 257 conselheiros
presentes. Eleitos também os quatro vices situacionistas:
José Cyrillo Júnior, Luiz Carlos Pagnotta,
Luiz Augusto Belluzzo e José Ângelo Vergamini.
Até março, permanecerão nos cargos
diretivos os nomes indicados por Mustafá, empossados
na administração anterior. O Futebol
continua gerido pelo Conselho Gestor, que agora conta
também com o ex-presidente. Findas as eleições
dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, Della Monica
planeja fazer as próprias indicações.
A torcida,
à espera dos reforços de peso especulados
antes da eleição, reencontra o time
no Palestra Itália e comemora a vitória
por 2x1 contra o Santo André. Dos contratados
para a temporada, jogaram o lateral Bruno (Marília);
os meias Cristian e Marcel, que vieram do Paraná,
e o atacante Warley (São Caetano). Os laterais
André Cunha (Ponte Preta) e Fabiano (Fenerbahce)
ainda não estrearam.
III – A Primeira Crise
Fevereiro
de 2005; recém-empossado, Della Monica é
obrigado a contornar a primeira crise da gestão.
O perfil “boleiro” do mandatário é o
alvo das críticas. O presidente mantém
o hábito cultuado desde que era vice: acompanhar
o elenco do Palmeiras em todos os jogos. E a cúpula
aliada reclama a presença do dirigente na sede
do Clube.
A viagem
ao Paraguai, para seguir o time na partida contra
o Tacuary pela Taça Libertadores, serviu de
gatilho aos reclames. Conselheiros situacionistas
atribuem à ausência presidencial o atraso
em alguns procedimentos administrativos, a exemplo
das compras de material. Alguns assessores queixam-se
ainda da sobrecarga de tarefas, consequência
do acúmulo de funções.
A queda
de Estevam Soares piorou o ambiente já conturbado.
A diretoria já havia decidido pela mudança
quando o treinador pediu demissão, após
o empate por 2x2 contra o União São
João. Sem vencer há três jogos
pelo Paulista, a discussão entre Estevam Soares
e o meia Diego Souza, que fora substituído
durante o jogo, tornou a permanência do técnico
insustentável.
IV – O Seminovo Diretor de Futebol
Fevereiro
de 2005; empossado diretor que já ocupou o
cargo na década de 80. Diante do cenário
tumultuado, Della Monica adiantou medidas programadas
para março. Dobrou o comando no Futebol ao
nomear o ex-diretor financeiro, Salvador Hugo Palaia,
para auxiliar Mario Giannini, há quase dois
anos no cargo. O Conselho Gestor foi extinto e dos
seis integrantes só Alberto Strufaldi continua
ligado à pasta, à frente das Categorias
de Base.
Palaia
assume pouco depois de outra mudança: a estréia
do novo técnico, com derrota por 3x0, no clássico
contra o São Paulo. José Cândido
Sotto Mayor foi desejo antigo do Palmeiras, mas não
era o atual. Antes da efetivação de
Candinho, o Palmeiras tentou negociar com Muricy Ramalho,
Geninho e Péricles Chamusca. As três
tentativas fracassaram.
O novo
diretor terá entre as funções
a responsabilidade de falar com a imprensa. Giannini
é reservado, evita aparições
públicas e raramente concede entrevistas. O
Clube pretende ainda a contratação de
um cartola remunerado para assumir a gerência
do departamento. Alguns jogadores, entre eles o goleiro
Marcos, têm solicitado um porta-voz para facilitar
o diálogo entre elenco e diretoria.
"O
problema do Palmeiras não é o treinador."
De MAGRÃO, volante
do Palmeiras após derrota para o São Paulo
V – O Gerente
Março
de 2005; contratado o gerente de Futebol, Ilton José
da Costa. O Palmeiras que o recebe é décimo
colocado no estadual, a 12 pontos do líder
São Paulo. O profissional que estava no Santos
chega ao Clube em situação delicada
e será ‘ponte’ entre os jogadores e os diretores
não-remunerados. Ilton deve auxiliar Giannini
e Palaia também na busca por jogadores.
Candinho
pede contratações que lhe permitam trocar
o esquema que tem sido usado, o 3-5-2, pelo tradicional
4-4-2, do qual é adepto. O treinador foi aconselhado
pela diretoria a buscar opções no Palmeiras
B. De acordo com os dirigentes, bons atletas só
se encontram disponíveis no exterior e a preços
elevados.
Enquanto
aguarda reforços, o técnico ameniza
os últimos tropeços pelo Paulista, no
Palestra: o empate diante do lanterna Atlético
Sorocaba e a derrota para a Portuguesa. "Time
grande pode perder para time pequeno sim. Qual é
o problema?", disse o técnico antes do
jogo contra o Santo André, pela Taça
Libertadores. Apesar da prévia ‘permissão’
para novo revés, viu o Palmeiras garantir o
empate por 1x1.
VI
– O Medalhão
Abril
de 2005; contratado o primeiro reforço de peso
para a temporada. O meia Juninho Paulista, 32, pentacampeão
mundial, é apresentado. Destaque no São
Paulo nos anos 90, o jogador chega ao Clube disposto
a conquistar a torcida. "Era o meu time quando
pequeno", falou enquanto exibia a prova: uma
fotografia vestindo a Camisa do Palmeiras, aos três
anos de idade.
Além
da contratação de renome, a diretoria
segue em busca de outros atletas. A prioridade é
fortalecer o ataque: Luis Fabiano (Porto); França
(Bayer Leverkusen); Fernando Baiano (Málaga)
e Rômulo (Ituano) são sondados. Mas é
a negociação com Washington, da Portuguesa,
a mais próxima da concretização.
A
sequência de duas vitórias pelo Paulista
afasta o time da zona de rebaixamento e o foco é
na disputa pela Libertadores. Agora, a maior preocupação
dos diretores é controlar as declarações
do goleiro Marcos. O ídolo tem manifestado
publicamente a insatisfação com o rendimento
irregular da equipe. Irritados, Mário Giannini
e Salvador Hugo Palaia exigiram que ele maneirasse
nas entrevistas.
"O time tem
que melhorar muito, pois, se continuar jogando dessa
forma, está fora da Libertadores."
De MARCOS, ídolo
palmeirense após derrota por 3x0 para o Rio
Branco
VII – A Reviravolta
Abril
de 2005; segunda quinzena. Desde que haja disponibilidade,
o presidente avaliza condição financeira
para contratar outros ‘Juninhos’: “Vamos trazer mais
dois do nível dele. Basta ter alguém
disponível no mercado". Pelo meia, o Celtic
recebeu US$ 1,3 milhão e até o fim de
2006, término do contrato, a S.E.P. desembolsará
cerca de R$ 2,5 milhões em salários
com o jogador. Segundo Della Monica, o orçamento
previsto para 2005, de R$ 33,8 milhões, é
suficiente.
Confirmadas
as contratações dos atacantes Washington
(Portuguesa) e Sérgio Gioino (Universidad de
Chile). O primeiro já era esperado, a surpresa
foi o anúncio do argentino de 32 anos. Agora
são seis as opções para o ataque.
Ricardinho, Osmar e Adriano Chuva, heranças
de 2004, e Warley, ex-São Caetano, contratado
em janeiro. A derrota por 2x1 para o Santo André,
pela Libertadores, encerra a era Candinho exatos dois
meses após o início.
O treinador
entregou o cargo e fez severas críticas à
diretoria: falta de planejamento, lentidão
nas negociações e desentendimento entre
a cúpula. Ao que parece, a extinção
do Conselho Gestor deu-se apenas na teoria. Os atuais
seis homens fortes do Futebol (além dos diretores
Palaia e Giannini, o gerente Ilton José da
Costa, os vices José Cyrillo Jr. e Luis Pagnotta,
e Della Monica) não alcançaram unanimidade
e escolheram o sucessor de Candinho por maioria de
votos. Paulo Bonamigo, o novo técnico do Palmeiras,
‘venceu’ Abel Braga e René Simões.
VIII
– A Reformulação
Maio
de 2005; Bonamigo não veio sozinho. Com ele
chegaram os auxiliares Alciney Miranda, para as bases,
Edson Gonzaga, braço direito do técnico,
e o preparador físico Sullivan Dallavalle para
o lugar de Moracy Sant'Anna. Outras mudanças
podem ocorrer. Além da preparação
física, o Departamento Médico tem sido
contestado. Parte da base aliada reclama da frequência
de lesões e questiona o longo tempo na recuperação
dos jogadores.
Para
compensar a ausência de Diego Souza, afastado
por indisciplina, o elenco é reforçado
no meio-campo. Marcinho assina contrato por três
anos. Por 50% dos direitos federativos, o Palmeiras
pagará R$ 6,2 milhões ao São
Caetano. Mas as críticas ultrapassam os gramados.
Para alguns conselheiros situacionistas, o ‘conclave’
responsável pela gestão sobre o Futebol
age de maneira excessivamente passional.
Nada,
porém, impede a sequência negativa sob
o comando de Bonamigo que culminou na eliminação
do Palmeiras, pelo São Paulo, nas oitavas de
final da Libertadores. No Brasileiro; um empate, três
derrotas e duas vitórias. A última,
contra o Santos, salvou o treinador da degola. É
o terceiro técnico que passa pelo Palestra
em cinco meses e o único que pôde contar
com os três mais altos investimentos para a
temporada. Juninho Paulista, Marcinho e Washington
custaram ao Clube cerca de R$ 8 milhões.
"O Palmeiras
é um time de colônia."
De
CANDINHO, ex-técnico do Palmeiras, após
entregar o cargo
IX
– A Faxina
Junho de 2005; os resquícios da eliminação. Justificativas,
rachas e dispensas cercam as alamedas. O treinador
alega que falta entrosamento. Os jogadores falam em
falta de confiança e de pontaria. A imprensa fala
em racha no elenco. E o capitão não fala. Marcos,
mais de 300 partidas pelo Palmeiras, evita entrevistas.
À diretoria, não importam os motivos. Decide cobrar
Bonamigo por resultados e vê na ‘faxina’ do elenco
a solução.
A lista de dispensas será divulgada em duas partes.
Na primeira, apresentada após uma reunião entre a
cúpula e o técnico, o lateral André Cunha, o zagueiro
Gabriel, o volante Claudecir e o atacante Osmar foram
colocados à disposição. A segunda causa polêmica entre
os homens que comandam o Futebol. Ao checá-la, o presidente
riscou o nome do meia Cristian, indicado por ele.
Já o treinador desaprovou o corte de Correa e defendeu
a permanência do volante.
Bonamigo está preso a um fio. Seguro pela vitória
por 5x2 contra o Vasco, voltou a balançar na derrota
por 2x1 contra o Paysandu. O Palmeiras ocupa a 14ª
colocação na tabela do Brasileiro, com dez pontos
somados. Campeão paulista com o São Paulo, Émerson
Leão, recém-demitido pelo Vissel Kobe (JAP), foi sondado
extra-oficialmente. O ex-goleiro mantém estreita amizade
com Palaia, que ganhou poder desde o afastamento de
Giannini, há meses licenciado.
X – O Recomeço
Julho de 2005; reinício. Fracassa a tentativa de repatriar
Vágner Love. Affonso Della Monica anda insatisfeito
com o trabalho do gerente Ilton José da Costa. O presidente
critica a ‘estratégia’ de vazar para a imprensa o
interesse pelo atacante. Além de prejudicar a transação,
tornou maior a desmoralização diante do insucesso.
Conselheiros criticam também a falta de base para
a ‘indicação’. Ilton apoiou-se na palavra de um amigo
de Love para iniciar a negociação.
Em breve, o time poderá contar com dois reforços anunciados
em junho, o zagueiro paraguaio Gamarra (Inter de Milão),
34, e o lateral-direito Baiano (Boca Juniors), 27.
O beque, que já havia aberto negociação com o Clube
por três vezes, enfim acertou os salários: R$ 61,6
mil/mês. E Baiano, campeão da Série B em 2003, volta
seis meses após ser dispensado, ganhando mais do que
os R$ 35 mil mensais que recebia em 2004.
Bonamigo não consegue vencer a sequência de três partidas
em São Paulo, compromisso que assumira com a diretoria.
A vitória contra o Botafogo é seguida por duas derrotas,
uma para o rival Corinthians e outra para o Fortaleza,
em casa. Émerson Leão assume o time, 16º colocado,
em crise, mas recebe “carta-branca” para reverter
a situação. Afasta o goleiro Marcos “desmotivado”
pelas dores no pulso e, invicto (duas vitórias, dois
empates) termina o mês na 13ª posição, com 21 pontos.
"Posso garantir
que o Palmeiras vai montar um supertime ainda neste
ano ou para o ano que vem."
De PALAIA, diretor
de Futebol, tranquilizando a torcida
XI – O Rugido
Agosto de 2005; efeito Leão. O treinador, que pretende
ocupar o cargo por mais de 66 dias, média dos três
antecessores, recebeu luvas de R$ 500 mil para assumir,
mas aceitou baixar o valor salarial (de R$ 400 para
250 mil). Abriu mão de multa rescisória, porém garantiu
ressarcimento se demitido antes do término do contrato,
ao fim de 2006. Caso o Clube rompa o compromisso,
desembolsará valor referente à metade do tempo restante
ao acordo.
Polêmico, o técnico disse que o CT “parou no tempo”,
subestimou as categorias de base e reclamou do gramado.
Tantas críticas púbicas motivaram a alfinetada do
dirigente são-paulino, Marco Aurélio Cunha: “Ele ficou
muito mal-acostumado aqui.” Além de mudanças na Comissão
Técnica, (o auxiliar e preparador de goleiros Pedro
Santilli toma o lugar de Zé Mário e Fernando, sobrinho
de Leão, assume a preparação física), foi dispensado
o psicólogo João Cozac.
No banco, ídolo passa por mês agitado. Um grupo de
investimento internacional, de propriedade do agente
israelense Pini Zahavi, ofereceu US$ 3 milhões pelos
direitos federativos do goleiro. A agente do jogador,
Gislaine Nunes, chegou a dizer que estava “tirando
Marcos do Palmeiras", mas a prévia renovação do contrato,
que venceria em 2007 e foi estendido até julho de
2009, afiançou, já no próximo pagamento, 10% de reajuste
nos direitos de imagem.
XII – O Supertécnico
Setembro de 2005; salto na tabela. Em 16 partidas,
nove vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas.
Do 16° lugar, quando assumiu, Émerson Leão leva o
Palmeiras a 6ª posição do Brasileiro, com 45 pontos.
A ascensão tem justificado o poder dado ao treinador
e esvaziado as críticas de parte da situação. "O Leão
tem carta branca para fazer o que quiser" e “Quem
tem Leão, tem tudo”, frases do diretor de Futebol,
Salvador Hugo Palaia, resumem o período.
A pedido do técnico, o antes renegado Diego Souza
rescinde com o Vissel Kobe e volta ao Clube. O meia,
alvo de críticas da torcida e dos dirigentes, estava
afastado por indisciplina quando foi emprestado ao
time japonês, até o final do ano, após a eliminação
na Libertadores. O lateral André Cunha, reintegrado
ao elenco, e os atacantes Muñoz e Gioino, recuperados
de lesões, reforçam a equipe. Marcos treina, mas continua
na reserva.
Extracampo, a cúpula se ‘divide’ entre os aliados
de Mustafá e os próximos a Della Monica. O presidente
sinaliza que pretende renovar parte da diretoria em
2006, mas o grupo do ex acredita que as trocas foram
pedidas pela oposição, liderada por Seraphim Del Grande
e Luiz Gonzaga Belluzzo. O diretor Roberto Frizzo
pede ao Futebol que lhe preste contas. Apoia-se no
regimento interno: em alguns casos, o aval do departamento
administrativo é obrigatório.
"Eu gostaria de
ser o Citadini palmeirense. É um homem culto, inteligente,
um diretor maravilhoso."
De PALAIA, diretor
de Futebol do Palmeiras
XV – A Decisão
Dezembro de 2005; decisivo. Suspenso pelas ofensas
ao trio de arbitragem no jogo contra o Inter, Émerson
Leão não estava no banco quando Tuta cabeceou e abriu
o placar para o Fluminense. Foi o auxiliar Pedro Santilli
quem comandou a virada, vitória suada, que deu ao
Palmeiras o direito de disputar a próxima Libertadores.
Maior público do ano no Palestra, 26.996 palmeirenses
comemoraram a vaga como se fosse o título.
Edmundo é contratado. O atacante, no entanto, esteve
“por um triz”. Detido no Rio de Janeiro por embriaguez
e desacato, foi ‘perdoado’ por Leão, mas com ressalva:
“Vi o que ele fez nas férias e ainda bem que foi nas
férias. Se fizesse aquilo enquanto fosse atleta do
Palmeiras estaria fora". O contrato sem multa rescisória
é a solução encontrada para que uma futura dispensa,
por indisciplina, nada custe ao Clube.
Anunciados também os laterais-direitos Paulo Baier,
31, (Goiás) e Amaral, 18, (Fortaleza). Para a ala
esquerda, Márcio Careca, 27, (Brasiliense). O atacante
Enílton, 28, que estava no Juventude; o zagueiro Douglas,
26, (São Caetano); e o meia Ricardinho, 30, (Inter),
completam os reforços já acertados. Após queda-de-braço
entre Della Monica e Palaia, que chegaram a anunciar
a dispensa, e Leão, que exigiu a permanência, o goleiro
Sérgio renova por um ano.
XVI – O Balanço 2005
No elenco, 41 jogadores. Negociados para o ano, 13:
os zagueiros Leonardo Silva (Bahia) e Gamarra (Inter
de Milão); os laterais Bruno (Marília), André Cunha
(Ponte Preta) e Fabiano (Fenerbahce); os meias Roger
Bernardo (União São João), Marcinho (São Caetano),
Juninho Paulista (Celtic), Marcel e Cristian (Paraná);
e os atacantes Warley (São Caetano), Washington (Portuguesa)
e Gioino (Universidad de Chile).
Dos oito atacantes disponíveis; os três contratados,
mais três herdados (Ricardinho, Osmar e Adriano Chuva)
somados a Claudio e Thiago Gentil (Base); nenhum se
firmou titular. Apesar das quatro opções para a ala
direita, [André Cunha, Bruno, Baiano (dispensado em
2004, recontratado seis meses depois) e Marcus Vinicius
(Palmeiras B)], o volante Correa atuou improvisado
na posição em mais de 40% dos jogos.
Quatro técnicos efetivados e queda de aproveitamento
nas três primeiras trocas. Estevam Soares, oito partidas
(quatro vitórias, dois empates, duas derrotas): 58%.
Candinho, 16 (cinco vitórias, cinco empates, seis
derrotas): 42%. Bonamigo, 16 (cinco vitórias, dois
empates, nove derrotas): 35%. Com 63%, cinco pontos
percentuais a mais que o primeiro demitido, Leão,
30 jogos (16 vitórias, nove empates, cinco derrotas)
reverte a tendência.
Descontado o valor de US$ 2 milhões, recebido na transação
com o Yokohama Marinos (JAP) pelo volante Magrão,
foram investidos cerca R$ 10 milhões em negociações.
Quantia elevada se comparada à gestão anterior, adepta
à filosofia do “bom e barato”, mas que levou o Clube
ao mesmo lugar ocupado no Brasileiro em 2004. À quarta
colocação. E à fase classificatória da Libertadores.
"Cada ano aumenta
a pressão. Um time grande não pode ficar esse tempo
todo sem ganhar."
De MARCOS, goleiro,
ídolo e torcedor do Palmeiras
|